quarta-feira, 14 de março de 2012

A poucas horas de regressar a Portugal


A poucas horas de regressar a Portugal após esta aventura de 6 meses e meio por Terras Árabes, trago uma bagagem que nunca imaginaria alcançar em toda a minha Vida.

Com todas estas aventuras e desaventuras, criei este Blogue onde publiquei vários episódios, fotografias, vídeos, etc sobre o Kuwait. É curioso o facto de muitos dos meus amigos e amigas e outras pessoas acompanharam e acompanham esta minha viagem. Muitas delas enviaram-me mensagens de incentivo, outras “invejaram” a minha coragem para aventurar-me por terras nunca antes conhecidas (onde os padrões culturais são, em muitos casos, opostos). Desde já, agradeço todo esse apoio, carinho e estímulo positivo para continuar a viver e trabalhar neste país.

Hoje, recordo, com uma pintada de nostalgia, os primeiros passos que dei em pleno aeroporto do Kuwait: assim que cheguei à zona de restauração, vi mulheres de burca pela primeira vez. Aquela visão provocou-me uma mistura de sentimentos: de admiração e de gozo (somos, muitas vezes, traídos pelas nossas crenças e nossas realidades. É nestes momentos que olhamos para o nosso reflexo num espelho, mostrando o mais “animal” que há em todos nós).

Todas estas diferenças culturais fizeram com que algumas coisas que fazia em Portugal não fossem permitidas ou que não tivesse acesso no Kuwait:

- Não como carne de porco ou derivados há mais de 6 meses;
- Bebi uma cerveja após 4 meses de cá estar (aquando da minha viagem ao Dubai) e ia ficando bêbedo;
- Nunca mais fui ao cinema nem ao teatro;
- etc…

Apesar de tudo, não tenho saudades destes aspetos que ficaram congelados (talvez de ver um bom filme no cinema me provoque uma pequena nostalgia, sim!)

Para concluir, preparem os vossos ouvidos, meus amigos e minhas amigas, pois tenho muito para vos contar! Vamos rir um pouco?
=D

domingo, 11 de março de 2012

Panasonic Tower - Kuwait


Há poucos dias, estive em Kuwait City para comprar a minha viagem para Portugal. Após 30 minutos perdido de rua em rua à procura do local onde se localiza a companhia aérea pelo qual irei viajar, lá consegui encontrar a Panasonic  Tower. Bem, a dificuldade em encontrar este local em concreto não foi motivado pelo facto de a dita torre estar “escondida”, muito antes pelo contrário: a Panasonic  Tower é um dos arranha-céus do Kuwait.
Entrei no edifício, perguntei onde se localizavam os escritórios da companhia aérea e entrei no elevador. Bem, este parecia que saltava de andar em andar pelo velocidade que nos levava "às alturas" (até senti os ouvidos a dar de si...).
Chegado aos escritórios, foi por esta vista que fui presenteado:





Depois desta viagem num elevador super sónico, só me resta aguardar alguns dias para embarcar noutro transporte muito rápido: o avião!
 
Até breve!

sábado, 3 de março de 2012

Dedicatória muito especial!

Sabes que por mais longe que possamos estar,
O orgulho de te ter como amiga
Permite-me dizer, ainda
Hoje, que sinto um
Imenso Amor por ti!
Estranho seria dizer outra coisa
Visto que
Es aquela pessoa que me ouve quando estou
Impossível de aturar.
Gostar de alguém não pode limitar-se aos bons momentos (e os outros?!)!
Amizade é muito mais do que um simples "Olá, como estás?"


Muitos parabéns, meu Amor!
Que a Luz te ilumine sempre o coração e que "Eles" te protejam internamente!
Bem-haja! Beijos! =)

quinta-feira, 1 de março de 2012

O 'episódio' mais estranho que vivi no Kuwait


Hoje comemoro 6 meses de Vida fora de Portugal. Como tenho escrito e calculo (tenho a certeza) que muitos dos meus amigos e amigas têm acompanhado, grandes aventuras têm feito parte da minha Vida por estas Terras. De entre todas as aventuras, há sempre uma ou outra que nos deixa de boca aberta e a reflectir. Para tal, hoje vou contar o episódio mais estranho que me aconteceu, nestes meses, no Kuwait (e, talvez, em toda a minha Vida).

Como sabem, os países Muçulmanos censuram bastante a homossexualidade (apesar de, no Kuwait, existir centenas de homo/bissexuais, toda a gente souber e "ninguém" se incomodar).

Há umas semanas atrás, estava calmamente a comprar o meu almoço no hipermercado habitual quando um homem com os seus 40/50 anos vestido de desdacha (veste tradicional dos Muçulmanos - espécie de vestido - com um "lenço" na cabeça) mete conversa comigo. Lá lhe indiquei que não falava Árabe o que fez com que começasse, então, a falar em Inglês perguntando de imediato de onde era. Disse-lhe, assim, que era originário de Portugal (mais um que ficou de boca aberta). Por conseguinte, ele prontificou-se a informar-me que era da Arábia Saudita e que encontrava-se no Kuwait de passagem.

Tenho de fazer uma ressalva: a Arábia Saudita é um dos países Muçulmanos mais extremistas, onde as mulheres, na sua esmagadora maioria, veste burca (só com os olhos a descoberto), não podem conduzir, têm de pedir autorização aos maridos para fazer "quase tudo", etc.

Enquanto aguardávamos a nossa vez no pronto a comer, trocamos dois dedos de conversa o que fez com que ele perguntasse se eu queria ir jantar com ele. Ora, como já estava a perceber para onde a conversa estava a dirigir-se, disse-lhe obviamente que não estava interessado. Fomos atendidos e cada um seguiu para o seu lado.

Quando estava a sair do hipermercado, olho para trás e quem lá vinha? O dito homem… Acelerei o passo e até hoje nunca mais soube de dita alma.

Ao contar este episódio a um dos meus colegas de trabalho, ele simples e directamente exclamou: "cuidado com esses homens!"

Bem, o tema da homossexualidade nos países Árabes é no mínimo um contra senso.

Hei-de escrever um capítulo exclusivamente dedicado a este tema o que irá deixar muitos de vós incrédulos.

Apesar deste episódio que me deixou-me um tanto ou quanto assustado, estou aqui vivo e a crescer, crescer, crescer....

Até à próxima!