Hoje, para comemorar o meu 5º mês no Kuwait, fui finalizar o (longo) processo do meu Civil ID. Mas antes, vamos recuar uns dias atrás para contextualizar os mais desatentos.
Há cerca de uma semana, o funcionário do meu Sponsor (o tal homem que é “responsável” por mim no Kuwait) veio entregar-me a restante papelada do meu Civil ID e informou-me que tinha de dirigir-me a um Ministério que existe junto ao meu local de trabalho para finalizar o processo e, mais tarde, levantar o meu cartão “Civil ID”.
Ontem, dirigi-me com um dos meus colegas de trabalho ao tal Ministério (parecia que estava a entrar num outro país, pois nesta zona existem vários Ministérios [uma espécie de Campus de Ministérios] com jardins lindíssimos e muito bem tratados junto daqueles edifícios que mais pareciam palácios de um grande rei!) e levei com a “porta na cara”. Então, não é que o meu Sponsor não me soube avisar que tinha de estar no Ministério por volta das 8 da manhã para tirar senha e aguardar pela minha vez?! Bem, uma perda de tempo…
Hoje, para evitar o episódio do dia anterior, fui bem cedo aguardar pela minha vez. Para apimentar ainda mais esta aventura, fui sozinho!
Cheguei (tanta gente que se encontrava por ali…), dirigi-me ao balcão para tirar a minha senha e surge o primeiro obstáculo: a mulher mal dizia uma ou outra palavra em Inglês… Dei-lhe a papelada, verificou se tinha tudo e disse-me: “Envelope”. Eu, na minha ignorância, disse-lhe: “tenho este” (um envelope onde tinha os documentos guardados). Ela olhou, fez uma cara estranha e deu-me a senha e apontou para a zona de espera…
Sentei-me rapidamente nuns lugares junto ao tal balcão descansado da Vida e, ao fim de meia hora, surge um segurança e falar-me em Árabe (ele não falava Inglês) mas lá consegui perceber o que ele queria: eu estava sentado na zona destinada às mulheres… Bem, lá fui eu, como quem não quer a coisa, sentar-me na zona dos homens (vou reforçar, aquilo estava cheio de gente!) [que vergonha….].
Ao fim de mais meia hora de espera, chegou a minha vez. Dirigi-me a uma outra sala para entregar os papéis e, finalmente, esta funcionária falava Inglês… [esta sala tinha cerca de 80 balcões de atendimento personalizado!] verificou os papéis e “onde está o envelope?”, perguntou ela. Bem, eu parecia a Cátia da Casa dos ‘Degredos’: «Na sê…» Só estão percebi o que a outra (do balcão de entrada) estava a tentar explicar: tinha de me dirigir a outro balcão para comprar um determinado envelope padrão para selar os documentos… A rapariga disse-me para ir comprar o envelope enquanto aguardava por mim… Sai da sala, dirigi-me a um segurança e disse: “envelope”. Oh, parecia uma palavra mágica pois independentemente da língua que sabiam falar todos encaminharam-me muito bem para o local de compra do tal precioso envelope. Já no balcão de compra, disse “envelope” para poupar-me a mais uma falha de comunicação e rapidamente tinha o tal documento na mão. Dirigi-me à rapariga e processo terminado.
Agora é só aguardar uma semana para levantar o cartão.
Até à próxima!
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