Faz duas semanas que estou a viver no Kuwait [13 de Setembro de 2011]
Muitas pessoas que me conhecem ainda devem pensar que não é verdade; outras não queriam que eu partisse, mas a maioria deu-me o apoio suficiente para entrar naquele avião a 29 de Agosto de 2011.
A minha aventura começou numa segunda-feira comum, como qualquer outra, se não fosse o facto de ser “a” segunda-feira que iniciou um capítulo (espero) muito importante na minha Vida.
Após duas horas e meia de viagem de Alfa entre o Algarve e a estação do Oriente, em Lisboa, e uns 10 minutos de táxi, começou a minha aventura por sítios nunca antes pisados.
Cheguei ao balcão de Check-in, correspondente à minha viagem, três horas e meia de antecedência em relação ao voo. Claro que tive de esperar uma hora para a abertura dos balcões. Sentado, observei tantos rostos sem nome, tantas nacionalidades, tantas cores, tantas línguas, tantos traços culturais, …
Abertura dos balcões: entreguei o meu passaporte e o meu bilhete impresso à rapariga e lá seguiu a minha mala por aqueles tapetes sem saber se realmente a iria reencontrar no Médio Oriente. De seguida, dirigi-me para a zona das portas de embarque, fui revistado, a minha mala de mão passou pelo raio-X e fiquei a fazer tempo por aqueles corredores cheios de caras desconhecidas.
É impressionante ver aqueles enormes meios de transporte tão junto de nós!
Depois de comer o meu último Mc Menu ainda em território Nacional, dirigi-me à minha porta de embarque.
Andei, andei, andei, andei e andei… a minha porta era curiosamente a última naqueles quilómetros de linhas de portas de embarque…
Assim que entro no avião, senti-me verdadeiramente nas Arábias: musica oriental de fundo, hospedeiras com feições diferentes ao nosso (mulheres lindas, diga-se de passagem), passageiros “misteriosos”, …
Hora de colocar o cinto para levantar voo. Confesso que a parte que mais gosto é mesmo esta! Sentir o corpo a ficar colado ao assento é maravilhoso (eu daria para astronauta)!
Pouco tempo depois – quando já estou a ver as casas do tamanho de formiguinhas – as hospedeiras começam a distribuir os auscultadores, um saquinho com avelãs e bebidas. Ainda mal tinha trincado a última avelã, vem a hora da refeição (“já?”). Confesso que comi tudo do que me deram. Bem, sei que era frango, agora o resto… comi, bebi, comi, bebi! Enquanto vou observando e provando (devorando!) o que me dão, vou assistindo ao filme “Rio”. Como estava à descoberta de Mundos nunca antes explorados, achei estranho o filme ser narrado numa língua desconhecida para mim sem aparecer legendas em Inglês (deveria ser Turco visto estar a viajar pela Turkish Airlines)… Passei uns 30 minutos do filme assim até que fez-se luz! Mudei da estação “1” para a “2” e lá estava a narração em Inglês (por vezes a ignorância faz-nos fazer umas figuras…). Estes acontecimentos caricatos não ficaram por aqui. No tabuleiro com a refeição vinha uma embalagem do género de iogurte com água, mas eu não sabia se aquilo era para beber ou para lavar as mãos… Estupidez da estupidez, chamei uma hospedeira e perguntei se aquela água era para beber… No fundo, nunca tinha visto água potável numa embalagem daquelas…
Água misteriosa
Pouco tempo depois, chegamos a Istambul (cidade onde fiz escala). Sai do avião (não antes de entregar os auscultadores às hospedeiras que estavam na saída a despedir-se de nós o que fez com que ficassem admiradas e com um enorme sorriso – a ignorância atacou outra vez pois basta deixar os auscultadores no assento), apressei-me para apanhar a ligação (o tempo era curto), passei por outro checkpoint (pensava que já não era preciso…) e lá me sentei no meu belo lugar – esperava eu! Bem, atrás de mim estava uma senhora, um homem e algumas crianças (supostamente Kuwaitianos) que, não sei quem, decidiu tirar os sapatos. Não é preciso dizer mais nada… tamanha podridão que ia ali… Depois do avião descolar, o cheiro deixou de me incomodar (será que em grandes altitudes os maus odores são neutralizados? Ou será que eu já estava com a “moca”?).
Durante esta viagem procederam-se os mesmos acontecimentos: entrada, refeição e, neste caso, um episódio da série “Glee”.
Quando o avião estava em manobras de aterragem, conseguia ver uma espécie de fogueiras no solo do Kuwait. Pensava que seria uma espécie de celebração por ter terminado o Ramadão naquele mesmo dia… Mas não! Fiquei a saber, pouco depois, que eram poços de petróleo (às dezenas!).
No aeroporto do Kuwait (minúsculo, diga-se de passagem), fui levantar o meu Visto, mostrei-o juntamente com o passaporte e segui para a zona das malas (lá estava ela, não tinha ficado perdida!). Dirigi-me, então, para uma zona de revista estranha: coloquei as minhas malas numa espécie de raio-X e, pronto, eu não fui revistado, não passei por nenhuma engenhoca de raio-X; peguei nas minhas malas e segui (não sei se era suposto ser revistado mas como ninguém me dirigiu palavra, segui em frente!).
Ao fim de 7 horas de viagem, cheguei ao meu destino actual! Correu tudo bem, viagem perfeita, zero de turbulência e pessoas muito simpáticas da Turkish Airlines (que aconselho vivamente, apesar de não ter ponto de comparação com outras companhias tirando as Lowcost).
Aqui estou eu, hoje, agora, no meu enorme sofá a aguardar pelas grandes aventuras que – ainda – me aguardam! =)
Primeira refeição
Segunda refeição
Muitas pessoas que me conhecem ainda devem pensar que não é verdade; outras não queriam que eu partisse, mas a maioria deu-me o apoio suficiente para entrar naquele avião a 29 de Agosto de 2011.
A minha aventura começou numa segunda-feira comum, como qualquer outra, se não fosse o facto de ser “a” segunda-feira que iniciou um capítulo (espero) muito importante na minha Vida.
Após duas horas e meia de viagem de Alfa entre o Algarve e a estação do Oriente, em Lisboa, e uns 10 minutos de táxi, começou a minha aventura por sítios nunca antes pisados.
Cheguei ao balcão de Check-in, correspondente à minha viagem, três horas e meia de antecedência em relação ao voo. Claro que tive de esperar uma hora para a abertura dos balcões. Sentado, observei tantos rostos sem nome, tantas nacionalidades, tantas cores, tantas línguas, tantos traços culturais, …
Abertura dos balcões: entreguei o meu passaporte e o meu bilhete impresso à rapariga e lá seguiu a minha mala por aqueles tapetes sem saber se realmente a iria reencontrar no Médio Oriente. De seguida, dirigi-me para a zona das portas de embarque, fui revistado, a minha mala de mão passou pelo raio-X e fiquei a fazer tempo por aqueles corredores cheios de caras desconhecidas.
É impressionante ver aqueles enormes meios de transporte tão junto de nós!
Depois de comer o meu último Mc Menu ainda em território Nacional, dirigi-me à minha porta de embarque.
Andei, andei, andei, andei e andei… a minha porta era curiosamente a última naqueles quilómetros de linhas de portas de embarque…
Assim que entro no avião, senti-me verdadeiramente nas Arábias: musica oriental de fundo, hospedeiras com feições diferentes ao nosso (mulheres lindas, diga-se de passagem), passageiros “misteriosos”, …
Hora de colocar o cinto para levantar voo. Confesso que a parte que mais gosto é mesmo esta! Sentir o corpo a ficar colado ao assento é maravilhoso (eu daria para astronauta)!
Pouco tempo depois – quando já estou a ver as casas do tamanho de formiguinhas – as hospedeiras começam a distribuir os auscultadores, um saquinho com avelãs e bebidas. Ainda mal tinha trincado a última avelã, vem a hora da refeição (“já?”). Confesso que comi tudo do que me deram. Bem, sei que era frango, agora o resto… comi, bebi, comi, bebi! Enquanto vou observando e provando (devorando!) o que me dão, vou assistindo ao filme “Rio”. Como estava à descoberta de Mundos nunca antes explorados, achei estranho o filme ser narrado numa língua desconhecida para mim sem aparecer legendas em Inglês (deveria ser Turco visto estar a viajar pela Turkish Airlines)… Passei uns 30 minutos do filme assim até que fez-se luz! Mudei da estação “1” para a “2” e lá estava a narração em Inglês (por vezes a ignorância faz-nos fazer umas figuras…). Estes acontecimentos caricatos não ficaram por aqui. No tabuleiro com a refeição vinha uma embalagem do género de iogurte com água, mas eu não sabia se aquilo era para beber ou para lavar as mãos… Estupidez da estupidez, chamei uma hospedeira e perguntei se aquela água era para beber… No fundo, nunca tinha visto água potável numa embalagem daquelas…
Pouco tempo depois, chegamos a Istambul (cidade onde fiz escala). Sai do avião (não antes de entregar os auscultadores às hospedeiras que estavam na saída a despedir-se de nós o que fez com que ficassem admiradas e com um enorme sorriso – a ignorância atacou outra vez pois basta deixar os auscultadores no assento), apressei-me para apanhar a ligação (o tempo era curto), passei por outro checkpoint (pensava que já não era preciso…) e lá me sentei no meu belo lugar – esperava eu! Bem, atrás de mim estava uma senhora, um homem e algumas crianças (supostamente Kuwaitianos) que, não sei quem, decidiu tirar os sapatos. Não é preciso dizer mais nada… tamanha podridão que ia ali… Depois do avião descolar, o cheiro deixou de me incomodar (será que em grandes altitudes os maus odores são neutralizados? Ou será que eu já estava com a “moca”?).
Durante esta viagem procederam-se os mesmos acontecimentos: entrada, refeição e, neste caso, um episódio da série “Glee”.
Quando o avião estava em manobras de aterragem, conseguia ver uma espécie de fogueiras no solo do Kuwait. Pensava que seria uma espécie de celebração por ter terminado o Ramadão naquele mesmo dia… Mas não! Fiquei a saber, pouco depois, que eram poços de petróleo (às dezenas!).
No aeroporto do Kuwait (minúsculo, diga-se de passagem), fui levantar o meu Visto, mostrei-o juntamente com o passaporte e segui para a zona das malas (lá estava ela, não tinha ficado perdida!). Dirigi-me, então, para uma zona de revista estranha: coloquei as minhas malas numa espécie de raio-X e, pronto, eu não fui revistado, não passei por nenhuma engenhoca de raio-X; peguei nas minhas malas e segui (não sei se era suposto ser revistado mas como ninguém me dirigiu palavra, segui em frente!).
Ao fim de 7 horas de viagem, cheguei ao meu destino actual! Correu tudo bem, viagem perfeita, zero de turbulência e pessoas muito simpáticas da Turkish Airlines (que aconselho vivamente, apesar de não ter ponto de comparação com outras companhias tirando as Lowcost).
Aqui estou eu, hoje, agora, no meu enorme sofá a aguardar pelas grandes aventuras que – ainda – me aguardam! =)
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